O segmento de desenhos animados para adultos tem crescido
bastante nos últimos anos. Vários canais à cabo, principalmente,
investem nesse filão, que se mostra cada vez mais promissor.
No Brasil, poucos fazem sucesso, mas nos Estados Unidos,
alguns como, “Family Guy” e “The Simpsons” tem aceitação
enorme e seus criadores e dubladores tem status de celebridade.
Em geral, esses desenhos vão mais para o lado da comédia
debochada e da paródia, algumas vezes chegando mesmo aos
extremos do mal gosto.
O desenho “South Park”, que no Brasil foi exibido pela MTV por
muito tempo, também é conhecido por transpor a barreira do
aceitável constantemente, mexendo com temas complicados como
os atentados terroristas, religião, homossexualidade e outros.
“South Park” já veiculou personagens caricaturando a pessoa de
Cristo várias vezes e em um episódio mexeu com as três maiores
religiões do mundo, Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, o que rendeu
ameaças de morte a seus produtores por parte de grupos islâmicos
extremistas. O curioso é que por medo dos tais grupos extremistas,
a produção do desenho não apresentou o profeta Maomé
propriamente, mas colocou um ursinho de pelúcia (?) para representá‐
lo. Mas, não tiveram o menor cuidado ou respeito por Jesus.
E agora o canal à cabo Americano “Comedy Central” está prestes a
lançar uma série animada chamada “JC” que retrata Jesus Cristo
como um adolescente contemporâneo vivendo em Nova Iorque e
Deus como um pai ausente que fica jogando vídeo game o tempo
todo.
Mesmo antes da série ir para o ar, vários grupos cristãos já estão se
mobilizando para protestar contra sua exibição e chegaram mesmo
a falar com os patrocinadores para que não venham a financiar tal
heresia. E como seria de se esperar a reação dos cristãos gerou também
um contra‐movimento por parte dos liberais que chamaram os
grupos cristãos de extremistas e seu posicionamento, de censura.
Como o desenho ainda não foi exibido, não dá para falar muita coisa
sobre seu conteúdo, mas dá para imaginar, por conta de seus antecessores,
que sem dúvida trata‐se de uma tentativa de fazer
chacota, gozação com o Cristianismo. Boa parte da industria cinematográfica
e televisiva nos Estados Unidos é formada por liberais
que militam na esquerda política deste país e que são naturalmente
contra a maioria cristã e conservadora. Claramente há uma viés
político em “JC”, mas também um forte componente critico à religião,
já’que muitos dos produtores são agnósticos ou ateus.
Não há nada de errado em o cristão se divertir e assistir à uma boa
comédia, mas certamente existem alternativas melhores e mais
saudáveis do que esses desenhos adultos, e em especial essa herética
serie animada que, esperamos, nem chegue a ser exibida.
Folha Gospel
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