domingo, 31 de julho de 2016

UM PORTO SEGURO CHAMADO FAMILIA

Desde os primórdios da humanidade a família sempre esteve presente na sociedade, na verdade sem famílias não existiriam as relações sociais, em cada época ela passou por transformações, mas nunca perdeu a verdadeira essência e a razão dela existir que é proporcionar segurança, acolhimento e amor para os seus membros.

Na década de 80, lembro que se investia mais tempo nos relacionamentos familiares, as brincadeiras eram mais didáticas, as crianças empinavam pipa, jogavam pião, brincavam de esconde-esconde, as meninas eram mais vistas com bonecas. Agora em pleno século XXI, nossos filhos são alienados pelos jogos eletrônicos, facebook, whatsapp, etc. Mães que mandam mensagens aos filhos dizendo que o almoço está na mesa, estando os mesmos em casa, sem falar na programação em frente da televisão que tem tirado horas de diálogos que jamais poderão ser recuperados. E isso passa muitas vezes desapercebido, são inimigos que utilizam de sutilezas e minam o equilíbrio familiar. Essas mudanças não estão apenas ligadas aos produtos ou novas tecnologias, estes processos têm influenciado a nossa cosmovisão de sociedade e as relações interpessoais cotidianas.

Não podemos deixar que o modo que enxergamos a família também se transforme.  Cada família tem sua história peculiar, não importa se ela seja bem-sucedida ou cheia de infortúnios, ela não pode ser construída ou alicerçada pelo fator a sua volta e sim por virtudes que são absorvidas ao longo dos anos. As dificuldades devem ser assimiladas como um acontecimento oportuno para se solidificar laços, criar soluções e transpassar barreiras, mas isso só pode ser alcançado se houver união.

         É importante sabermos que temos uma família que está do nosso lado em qualquer situação, uns apoiando os outros, é saber dar e receber, para encontrar o caminho da paz e da harmonia. A bíblia diz que “Se o Senhor não construir a casa, é inútil o cansaço dos pedreiros”. O homem pode trabalhar em prol dos seus familiares, mas é Deus quem edifica a sua família. Quando uma família entende esse princípio e permanece confiante entendendo que a família é projeto de Deus, nada poderá destruir aquilo que Deus consubstanciou

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A BUSCA PELA FELICIDADE

Muitos tem buscado como objetivo primeiro encontrar a felicidade, mas ela não pode ser um estado de todos, isso porque existem variantes e conceitos que a torna distinta entre um ser humano e outro.Quando experimentamos um momento que leva a satisfação prolongada, a realização pessoal e a inexistência completa de qualquer tipo de dor e sofrimento, a isso alguns chamam de felicidade. A felicidade é constituída por um universo de emoções e sentimentos, que pode ser motivado por algum acontecimento especifico como: uma família estável, um desejo realizado ou mesmo um sonho consumado.

O tema já vem sendo abordado por grandes filósofos, pela psicologia e inúmeras religiões. Os filósofos associavam a felicidade com o prazer, um exemplo disso é a filosofia dos Epicuros que para atingir a felicidade, era necessário um estado consumado pela ausência da dor física e a imperturbabilidade da alma. Já no pensamento hedonista, que diz ser o prazer o princípio e o fim de uma vida feliz. Mas sabemos o quanto é difícil definir a felicidade como um todo, de onde ela surge, os sentimentos e emoções envolvidos. Os filósofos têm se preocupado com o tema e tem tentado descobrir quais comportamentos e estilos de vida poderiam levar os indivíduos à felicidade completa.

Freud o pai da psicanálise acreditava que todo indivíduo era motivado pela busca da felicidade, algo que pudesse dar prazer em tantos desgostos experimentados pela vida, mas isso não passava de um pensamento utópico, já que o fracasso faz parte de nossas experiências como pessoa, portanto, o máximo que experimentamos na condição de ser humano é uma felicidade fracionada.

O ser humano que se liga a uma religião parece aumentar a felicidade e o bem-estar em uma sociedade, principalmente quando ela não consegue suprir adequadamente as necessidades básicas como: alimento, emprego, saúde, segurança e educação. Existem diversas religiões no mundo em que vivemos, cada uma de acordo com sua crença consegue encontrar nela a solução para uma vida feliz. Não podemos esquecer que Deus é muito mais que um sistema religioso, Ele transcende a isso, quando acreditamos que Deus está no controle de nossa vida e temos esperança em seus desígnios para conosco, aí sim podemos viver uma vida feliz, porque Deus não nos esqueceu. A nossa felicidade é viver a vida de que Deus quer que a vivamos.

Apolônio Alves de Albuquerque

sábado, 23 de julho de 2016

O IDOSO INVISÍVEL

Nascemos e desde pequenos somos ensinados a respeitar os mais velhos, durante toda nossa vida ainda em nossa mocidade vivemos a vida com toda intensidade, sem muitas vezes nem pensar que um dia a mocidade se esvai e a senilidade chega.

Quando cruzamos a rua e nos deparamos com um gari ou uma pessoa que entrega folhetos não enxergamos ali a pessoa por trás do ofício, isso porque somos treinados pela mídia e sociedade que o ser é menos importante que o ter e assim, estigmatizarmos essas pessoas a uma categoria sem prestigio, o que é um grande erro. Com o fim da vida adulta e o começo da melhor idade a sociedade não nos enxerga mais. Se você parar pensar é muito difícil um jovem parar para conversar ou dar atenção devida ao idoso. Em algumas culturas como por exemplo, a judaica o idoso era sempre o chefe da tribo cabendo a ele governar seu clã. Muitas vezes o idoso se isola e vive num mundo criado por ele mesmo. O idoso vive um universo de indiferenças e preconceitos, apesar dos direitos a eles conferidos, como: filas preferenciais, assentos especiais nos meios de transporte, além de um estatuto e delegacia só para cuidar de seus direitos. Mas na prática o idoso em suas relações mais próximas, nos seus afazeres diários é notório que na interação com a sociedade há essa invisibilidade.

Participar do convívio com idosos requer uma disposição grande de deixar seu próprio mundo para entrar no do outro, e no que é possível a ele. A isso poderíamos dar o nome de empatia, mas que, de forma simples, se traduz por um acolhimento verdadeiro do idoso na família e no seu ambiente social. Não podemos deixar que o idoso se torne o homme invisible de la société, até porque o jovem de hoje será o idoso de amanhã.

Ame, desperte interesse por essas pessoas sábias e amáveis, disponibilize tempo e atenção e por último crie um ambiente de inclusão.
                                                  
                                    

Por:  Apolônio Alves de Albuquerque