Censo
Demográfico 2010, do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (29), mostram que a
população evangélica no Brasil atualmente representa 42,3 milhões de pessoas
--sendo esta a segunda religião com o maior número de adeptos no país.
Dados
do Censo Demográfico 2010, divulgados nesta sexta-feira (29), mostram que a
população evangélica no Brasil passou de 15,4% da população brasileira para
22,2%, o que dá um crescimento de 6,8 pontos percentuais nos últimos dez anos,
e atualmente representa 42,3 milhões de pessoas --sendo esta a segunda religião
com o maior número de adeptos no país.
A
pesquisa também indica aumento da população espírita, que hoje é de 3,8
milhões, e das pessoas que se declararam sem religião (aproximadamente 15 milhões).
Segundo
o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento no número
de evangélicos é proporcional ao crescente declínio da religião católica, que
perdeu 9,4% de fiéis em relação ao Censo de 1991.
Ainda
assim, o catolicismo é predominante no país: são mais de 123 milhões de pessoas
(64,6% da população brasileira; até 2000 eram 73,6%). O Brasil é considerado o
maior país do mundo em números de católicos nominais.
Até
o início da década de 90, os evangélicos representavam apenas 9% do contingente
populacional, dos quais a maioria de origem pentecostal. Com a expansão das
igrejas evangélicas pelo país e a veiculação de programas religiosos nas
emissoras de televisão, tal índice subiu 44,16%.
A
maior concentração de evangélicos foi registrada em Rondônia (33,8%), e a menor
no Piauí (9,7%). A pesquisa mostra ainda que 60% são de origem pentecostal,
18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados. Os
religiosos consideram que o Brasil possui a maior concentração mundial de evangélicos
de origem pentecostal.
Já
em relação aos evangélicos em geral --o que inclui o protestantismo--, o
primeiro lugar do ranking é ocupado pelos Estados Unidos, onde mais da metade
da população é adepta da religião (mais de 155 milhões de pessoas).
Espíritas
e pessoas sem religião
Os
espíritas, por sua vez, que passaram de 1,3% da população, em 2000, para 2%, em
2010 --um aumento de cerca de 1,5 milhão de pessoas. O aumento mais expressivo
foi observado na região Sudeste, cuja proporção passou de 2% para 3,1% nos
últimos dez anos.
Segundo os dados do IBGE, o Rio de Janeiro é o Estado com o maior índice de pessoas que se declararam espíritas, com 4%, seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1%).
Segundo os dados do IBGE, o Rio de Janeiro é o Estado com o maior índice de pessoas que se declararam espíritas, com 4%, seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1%).
O
Censo 2010 também registrou aumento entre a população que se declarou sem
religião. Em 2000 eram quase 12,5 milhões (7,3%), ultrapassando os 15 milhões
em 2010 (8,0%). Os adeptos da umbanda (407 mil) e do candomblé (167 mil)
mantiveram-se em 0,3% em 2010.
Declínio do catolicismo
Declínio do catolicismo
Embora
o perfil religioso da população brasileira mantenha, em 2010, a histórica
maioria católica, esta religião vem perdendo adeptos desde o primeiro Censo,
realizado em 1872.
Em
aproximadamente um século, a proporção de católicos na população brasileira
variou 7,9 pontos percentuais, reduzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8% em
1970. Desde então, os dados censitários do IBGE mostram que a religião passa
por uma fase de declínio: nos últimos dez anos, os católicos passaram de 73,6%
para 64,6%.
Esta
redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, mantendo-se
mais elevada no Nordeste (de 79,9% para 72,2% entre 2000 e 2010) e no Sul (de
77,4% para 70,1%). A maior redução ocorreu no Norte, de 71,3% para 60,6%, ao
passo que os evangélicos, nessa região, aumentaram sua representatividade de
19,8% para 28,5%.
O
menor percentual de católicos foi encontrado no Estado do Rio de Janeiro: 45,8%
em 2010. O maior percentual pertence ao Piauí, com 85,1%.
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