sábado, 26 de maio de 2012

Dízimos à Luz da Palavra

 
Ultimamente, o dízimo tem sido um assunto muito polêmico nas igrejas. Muitas discussões têm se levantado sobre dar o dízimo ou não. Na verdade, a expressão correta é entregar, devolver ao Senhor, pois tudo é Dele; somos apenas administradores, não temos nada sem que antes não tenha sido Dele. Ele é o Senhor.

Já li vários artigos na internet e tenho ficado horrorizada de como a falta de conhecimento tem feito o povo falar heresias terríveis. Tantas bobagens são ditas, e, uma delas, é de que Jesus aboliu a lei. Em Mat 5:17 Cristo fala que não veio abolir, ab-rogar a lei mais veio cumpri-la. Pessoas assim são dignas de pena e das nossas orações, com certeza são pessoas avarentas, amantes de si mesma e do dinheiro.

Tem um vídeo ridículo onde colocam o filme sobre a crucificação e o tema: "Depois que você ver isso nunca mais dará o dízimo". Pessoas que não tem o que fazer  escrevem besteiras para enganar os faltos de entendimento. Alguns deles até tem um certo conhecimento da letra mais isso não é o suficiente, pois a letra mata e o espírito é o que vivifica.Temos que ter a unção que vem junto com a revelação do Espírito Santo.

Tudo sobre dízimos
A palavra dizimo significa décima parte. Alguns dizem: Onde está escrito que temos que dar 10%? Os dez por cento vêm da própria palavra com seu significado. Portanto temos de separar e devolver somente os 10% ao Senhor.

O dízimo e a lei de Moisés: Era um mandamento do próprio Deus para seu povo (lev 27:30).

O dízimo tinha alguns propósitos:
- Para sustentar os levitas, pois a tribo de Levi foi a única tribo que não recebeu herança (Nm 18:21-24)
- Para os estrangeiros, órfãos e viúvas, e os ministros (Dt 14:28 e 29). Era um mandamento (Lev 27:30)
- Para suprir a casa de Deus (Ml 3:10)
-O dízimo é do Senhor (Ml 3:8; Lv 27:30)

O dízimo era a oferta da colheita dos grãos, dos frutos das árvores e dos animais, pois essa era a agricultura de subsistência da época. Hoje a nossa forma de subsistência é o nosso salário, em espécie (dinheiro). Hoje, como iremos ofertar? Arroz, feijão, gado, galinha, hortelã, cominho, e etc. Se para obtermos tudo isso temos que ter o dinheiro?

O dízimo é bíblico, tanto para o antigo, como para o novo testamento.

Provo isto biblicamente. E não é pelo o que acho ou penso, mas pela revelação das Escrituras.
Vejamos:
Gn 14:20 diz que Abraão deu o dízimo de TUDO para Melquisedeque. De tudo o que Abrão tinha ele dizimou, portanto, se ele tinha ouro, prata, dinheiro, gado, ovelhas tudo ele dera a décima parte.

Quatrocentos anos antes da lei de Moisés exigir o dízimo, Abraão já o havia  entregado. Sem que Melquisedeque pedisse, ele entregou voluntariamente, pois ele entendeu que isso agrada a Senhor. Temos que entregar o dízimo espontaneamente. Não por força nem por violência, não com pesar, nem com tristeza, não para aparecer para homens, como se fosse por obrigação.

Pois dessa forma não agrada ao Senhor, temos de entregar com entendimento do que estamos fazendo. Pois, "Deus ama o que dá com alegria".

Cristo é sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110:4). Melquisedeque tipificava  Cristo na tipologia bíblica. Porque Abraão não entregou o dízimo a Faraó, ou até mesmo, ao rei de Sodoma? Porque  o entregou a Melquisedeque? Para nos mostrar que hoje no tempo da graça o dízimo continua sendo recebido pelo Senhor, pois cristo é o nosso eterno sacerdote.

Observe que Melquisedeque não recusou o dízimo de Abraão. Onde foi que leram que isso era certo se a lei de Moisés ainda não existia? Que coisa fantástica! Antes da lei houve o primeiro dízimo, passou a lei e no tempo da graça o dízimo é valido porque Melquisedeque é um tipo de Cristo nosso eterno sacerdote.

Ao contrário do que muitos dizem o dízimo não foi instituído só por causa da tribo de Levi, mas muito antes disso, como vemos em Gn 14:20. Nós somos o Israel espiritual, somos descendentes de Abraão na fé, temos que andar nos passos da fé (Rm 4:12; Hb 7).

Ao lermos em Hebreus 7 fica claro que o sacerdócio levítico já passou e agora permanece o sacerdócio de Cristo, que é eterno segundo a ordem de Melquisedeque. Como Melquisedeque recebeu o dízimo de Abraão, hoje, no tempo da graça Cristo recebe e aprova o ato de entregar-mos o dízimo, como Melquisedeque não reprovou e aceitou, da mesma forma o nosso Senhor Jesus age sobre esse assunto.

Muitos dizem que quando Jesus disse está consumado aboliu toda a lei, inclusive o dízimo, isso não é verdade, quando ele bradou está consumado, ele quis dizer que cumpriu o seu propósito aqui na terra.

Somente quando se refere ao dízimo, é que Deus manda fazer prova Dele (Ml 3:10). Em nenhuma outra passagem Deus manda o povo o provar. Existe benção sem medidas extraordinárias para aqueles que entregam o dízimo ao Senhor.

- As janelas dos céus serão abertas (provisão divina em todas as áreas)
- O devorador será repreendido (tudo o que for teu será conservado pelo Senhor, e o devorador, Satanás será envergonhado)
- E todos nos chamarão benditos do Senhor.

Cristo ensinou a sobre o dízimo em  Mat 23:23b "Fazei estas coisas e não omitir aquelas”. Fica  claro que Jesus mandou dar o dízimo, “fazei estas coisas”.

Continuem entregando o dízimo, como vocês fazem, mas não deixem de omitir aquelas, pratiquem também o juízo, a misericórdia e a fé. Os fariseus queriam fazer tudo certo ao ponto de dar o dízimo das hortaliças mais baratas como: hortelã, endro, cominho e etc... mas eles esqueciam de obedecer a palavra em um todo, não praticavam a justiça, a fé, a misericordia, o amor. Temos que ser fiés em tudo.

Sabemos que o livro de Mateus foi direcionado ao povo judeu, porém em Lucas, que foi escrito direcionado aos gregos (gentios) Jesus repete a mesma coisa. Leia Lucas 11:42.

Se o ato de dar o dízimo fosse reprovado ou abolido pelo senhor Jesus, com certeza, nesta ocasião Ele teria dito. Ele poderia ter dito parem de dar o dízimo pois isso faz parte do passado, faz parte da lei de Moisés,agora estou aqui para cumprir a lei. Mas ao contrário, Ele disse: "fazei". Nas palavras de Jesus não há duvidas, quando o Mestre fala não se pode questionar. É ponto final.

Jesus disse que o operário é digno do seu salário (Mat 10:10). Aquele pastor que é fiel que dá a sua vida pelas ovelhas que prega a verdadeira palavra de Deus é digno de ser sustentado pela obra de Deus, e isso só é possivel com dízimos e ofertas. Quando os discipulos foi enviados Jesus não os mandou pedir nada a ninguém, mais mandou aceitar tudo que lhes fossem oferecido naquela casa, é diferente dos mercenários que querem arrancar o ultimo centavo do povo, para viverem regaladamente, Deus tá vendo tudo, a ele ninguem engana, tudo o que o homem semear certamente colheirá. Dízimos e ofertas são aprovados pelo Senhor, isto está bem claro na biblia o que fazem por ai pedindo o teu tudo, envelopes cheios de dinheiro, para comprar a "benção de Deus" isto é abominação ao Senhor.

Em João 8 existiam as mulheres que serviam a Jesus com os seus bens. É óbvio que o Senhor Jesus não veio a esta terra para falar sobre dinheiro e nunca pediu nada a ninguém.

É muito diferente do que vemos hoje em dia, mercenários sugando a pele das ovelhas e fazendo negócio com o povo (2 Pe 2). Muitos homens maléficos estão riquíssimos porque estão enganando o povo com a falsa doutrina da prosperidade.

Paulo também falou sobre o ato de sustentar a obra com dízimos e ofertas.

Que servia:
Para recompensar os que ensinam (mestres) Gal 6:6.
Para sustentar os ministros do evangelho ( I Co 9:13,14)

Onde devemos entregar o dízimo?
Devemos entregar o dízimo e ofertas na casa do Senhor, na igreja em que congregamos, pois no Antigo testamento era entregue na casa do Senhor, nos templos, na casa do tesouro (2 Cr 31: 11,12; Ne 10:38; Ml 3:8).

Hoje a casa do tesouro é a igreja do Deus Vivo, a igreja do Deus vivo que é  cheia da graça, misericórdia, e da palavra do Senhor que é um tesouro incomparável.

Nos textos citados fica claro que temos de contribuir para o sustento da obra de Deus. Temos que ser obedientes ao Senhor, pois a sua Palavra permanece para sempre.

O ato de dar o dízimo é para honrar a Deus (Pv 3:9,10) não fazemos isso para aparecer, como na maioria das denominações. As pessoas colocam o nome e o valor do dízimo em um envelope, e elas não sabem que isso é para o "pastor" ter o controle de quem está dando o dízimo. Com isso fazem acepção nas "igrejas", separando cadeiras e dando destaque a quem tem o dízimo mais alto. Não precisamos colocar o nosso nome nos envelopes. Esse ato é para honrar a Deus e não ao homem. O pastor não precisa saber o nome de quem dá e quanto dá, isso é para glória de Deus, é Deus quem vai nos recompensar.

Fonte:  EstudosGospel

Um comentário:

  1. Que a Paz esteja contigo,

    Quero complementar que a doutrina do dizimo não é polêmica, mas mal esclarecida. Se afirmar que uma doutrina da Bíblia é polêmica, logo se diz que a Bíblia é contraditória, o que sabemos que não é.

    Assim como o dizimo, a Circuncisão também foi instituída antes da Lei e esta foi dada como MANDAMENTO a Abraão e sua descendência, ao contrário do dizimo que foi um ato espontâneo de Abraão e, que digamos, foi dado como uma espécie de pedágio a Melquisedeque, que além de sacerdote, também era rei. Outro fator é que Abraão não deu dízimos de suas posses, mas dos despojos de guerra, onde ele matou 5 reis (Hb 7:1). Das riquezas que ele tinha não deu nada e essa prática ele a fez uma única vez.

    400 anos depois, ambos, dizimo e circuncisão foram incorporados à lei e, consequentemente, passaram a ser obras da lei. Jesus não veio ab-rogar a lei mas cumpri-la, de fato. Ele, ao nascer foi apresentado e circuncidado como prescrevia a lei (Lc 2:21). Então, porque não circuncidamos nossos filhos e a nós também? Simples a resposta. Não somos judeus e sim gentios. Ainda mais, o Novo Testamento só teve início após a morte de Cristo (Hebreus 9:16,17). Logo, Jesus ainda viveu no período da lei e por assim dizer, cumpriu-a em sua totalidade: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro" (Gl 3:13). Após ressuscitar, Jesus declarou: "E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos." (Lucas 24:44). Por essa razão é que Jesus disse aos fariseus que queriam se justificar pela prática de dar o dizimo que eles, primeiramente cumprissem o mais importante da lei que era a Misericórdia, a justiça e a fé, sem contudo deixarem de cumprir suas obrigações para com a lei de dar o dizimo, que não era dinheiro, mas alimento, pois eram judeus.

    Na Nova Aliança somos instados pelo Espírito Santo a contribuir de forma liberal e voluntária, sem a obrigação de uma percentagem fixa, como os primeiros cristãos fizeram no inicio da igreja. Alí, não se praticava o dizimo, mas o amor ensinado por Jesus, onde todos se repartiam e compartilhavam o que tinham entre os necessitados. As cartas de Paulo mostram esse amor praticado pelos gentios conversos, onde as contribuições visavam a obra de Deus, que não são construções de templos ou aquisição de bens, mas o bem estar do próximo.

    Não sou pastor e nem cargo tenho na igreja por causa das verdades que sei. Mas sou um servo que procuro lutar pela fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd 1:3)

    Mais informações sobre este assunto no meu blog:
    http://www.crentefeliz.blogspot.com.br/2012/10/dizimo-o-que-era-e-o-que-nao-e.html

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